Espinho: Câmara investiga desfalque

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Presidente da autarquia garante desconhecer o caso depois de ter admitido à Assembleia Municipal que existia um inquérito em curso

A Câmara Municipal de Espinho está a investigar um alegado desfalque supostamente efectuado por uma funcionária. O presidente da autarquia, José Mota, depois de na última Assembleia Municipal ter admitido que estava a decorrer um inquérito interno para averiguar responsabilidades, garantiu ontem ao Diário de Aveiro que não sabia de nada.
“Não sei de nada. Numa Câmara com 600 funcionários os inquéritos são normais. No entanto, se verificarmos alguma situação dessas a pessoa vai ter de devolver o dinheiro”, afirmou o autarca. O caso foi levantado nas últimas sessões da Assembleia Municipal pelos deputados comunistas depois de alguns boatos que corriam na cidade, levando à irritação de José Mota que acabou por admitir que o caso estava sob a alçada de um inquérito liderado por um advogado da autarquia.
Fonte próxima do processo explicou ao Diário de Aveiro que o caso foi descoberto quando a funcionária de um dos serviços de cobranças esteve de baixa médica e a sua substituta começou a enviar cartas de cobranças aos munícipes. Os alegados lesados reclamaram e terão mesmo exibido recibos emitidos pela suspeita, mas que supostamente não terão sido contabilizados. Terão, então, explicado que já teriam pago as quantias em causa à funcionária suspeita. Segundo, eles algumas vezes, para não estarem na fila, entregavam o dinheiro à suspeita e passavam depois para levantar o recibo. Outras vezes, explicaram, a funcionária ter-lhes-ia dito que não era possível tirar o recibo naquela altura pedindo-lhes para passar noutro dia, altura em que lhes entregava o documento carimbado.


Fonte: Diário de Aveiro